Todo empreendedor deveria nascer com um Contador junto. E isso não poderia ser mais verdadeiro quando se trata de Brasil, país em que a legislação tributária está entre as mais complexas do mundo.
Então, para responder à pergunta do título, com toda a sinceridade: o infoprodutor deveria contratar um Contador no mesmo dia em que começa a desenvolver o seu projeto digital.
É claro que não é isso o que acontece na vida real e nem seria viável em termos financeiros, principalmente para quem está começando um novo negócio.
Mas essa é uma pulguinha que precisa permanecer atrás da orelha do infoprodutor durante o tempo em que não se render aos “encantos de um escritório de Contabilidade”.
Quer saber o por quê? Então, continue com a gente neste conteúdo, pois vamos explicar as razões pelas quais o empreendedor digital precisa contratar um Contador e deve enxergar este parceiro como o seu melhor amigo ao longo de sua jornada pelos caminhos da internet!
Como surge uma ideia de negócio?
Normalmente, é assim que surge um empreendimento digital.
A pessoa entende bastante de um determinado assunto e percebe que pode transformar esse conhecimento em um infoproduto que irá chamar a atenção e ser consumido por um determinado público interessado naquele tema.
Pode ser um curso online, uma mentoria, um e-book… não importa o tipo de infoproduto!
O especialista “se debruça sobre a prancheta” e começa a planejar e desenvolver o seu produto digital, a fim de encontrar o formato que seja o melhor do ponto de vista didático, mas que também seja atrativo para as plataformas eletrônicas de divulgação.
A ideia é conquistar o maior número de alunos para que os rendimentos possam crescer.
Isso alimenta sua motivação em criar novos títulos e conteúdos, para que o empreendimento digital possa escalar financeiramente.
PF ou PJ? O primeiro ponto de virada do infoprodutor!
Até aqui, na maioria dos casos, o infoprodutor está trabalhando por conta própria, como Pessoa Física. No entanto, conforme os ganhos vão aumentando, percebe que existem certas “dificuldades inconvenientes”.
A começar pelo fato de que algumas plataformas digitais limitam os recursos mensais liberados ao infoprodutor ao teto de R$ 1.903,98, que é o limite de isenção na tabela do Imposto de Renda para a PF. O excedente acumula para o mês seguinte e assim sucessivamente.
Nas situações em que tem acesso aos valores efetivamente obtidos com as vendas (descontado o comissionamento da plataforma), o aborrecimento chega de outra forma.
O infoprodutor PF é obrigado a declarar mensalmente seus ganhos ao IR e pagar o Carnê Leão, no qual a alíquota chega a 27,5% para montantes superiores a R$ 4.664,68.
Essa situação torna-se perturbadora para o empreendedor digital quando ele se dá conta de que pagaria muito menos imposto ao formalizar o negócio como Pessoa Jurídica.
Mas dá para abrir o MEI sozinho! Por que contratar um Contador?
Sim, é verdade! É muito fácil abrir um MEI no Portal do Empreendedor.
O CNPJ está a apenas alguns cliques de distância se os requisitos iniciais forem preenchidos, como não ser sócio de outra empresa e ter no máximo um funcionário, recebendo um salário mínimo.
Mas é preciso ter em mente que, apesar da facilidade operacional de se tornar um microempreendedor individual, a abertura do MEI implica em novas responsabilidades empresariais, as quais o infoprodutor não está habituado.
É o caso da emissão de Notas Fiscais e a entrega da Declaração Anual de Faturamento MEI.
Mais do que isso, no entanto, a parceria com um Contador é importante do ponto de vista da estratégia empresarial a ser adotada, visando o crescimento da empresa.
Explicando melhor: a modalidade MEI impõe um limite anual de faturamento de R$ 81 mil.
Dessa forma, com a evolução dos negócios, são grandes as chances de o infoprodutor estourar logo esse teto e ser obrigado a migrar para ME, que permite às receitas chegarem a R$ 360 mil ao ano.
Mais do que serviços contábeis, o Contador oferece suporte estratégico e operacional
Nesse sentido, é importante que a passagem de MEI para ME seja planejada cuidadosamente, a fim de que o infoprodutor aproveite ao máximo o que as duas modalidades têm a oferecer de melhor.
O empreendedor digital deve explorar os benefícios tributários do MEI enquanto pode, e somente solicitar a migração quando o limite de faturamento estiver prestes a ser rompido.
É aí que entra o planejamento estratégico que o Contador pode oferecer, orientando seu cliente em relação ao melhor timing para realizar a migração.
Além disso, o parceiro irá administrar a burocracia relativa à mudança para microempresa (que não é pouca!) e selecionar o regime tributário mais atrativo, cuja escolha normalmente recai sobre o Simples Nacional.
A partir desse ponto, as atividades do infoprodutor ganham novo ritmo, uma vez que estão livres das limitações do MEI.
Mas, como diz o ditado, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.
Tornar-se uma microempresa implica em maior faturamento e no cumprimento de novas obrigações tributárias e relacionadas à gestão fiscal que, segundo a legislação, devem ser realizadas por um Contador.
Isso acontece tanto do ponto de vista operacional (a fim de cumprir a burocracia obrigatória) quanto estratégico (para que o recolhimento de impostos seja o menor possível).
Assim, ao contar com o suporte de um escritório de Contabilidade especializado em negócios digitais – como é o caso da PJ Plus, parceira da HeroSpark -, o infoprodutor tem melhores condições de dar foco total às atividades essenciais do seu empreendimento.
E, melhor ainda, pode fazer isso sem perder de vista o crescimento e o retorno financeiro que espera alcançar com o trabalho que desenvolve e a evolução do seu negócio.