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Reforço positivo nas empresas: importância e como usá-lo na prática

O reforço positivo é um método de treinamento que se baseia em um sistema de recompensas. Ele surgiu do behaviorismo, escola de pensamento dentro da psicologia que explica as reações humanas em termos de comportamento aprendido. Tal técnica costuma envolver recompensas, que podem ser materiais ou emocionais, para ajudar o indivíduo a repetir uma postura […]

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O reforço positivo é um método de treinamento que se baseia em um sistema de recompensas. Ele surgiu do behaviorismo, escola de pensamento dentro da psicologia que explica as reações humanas em termos de comportamento aprendido.

Tal técnica costuma envolver recompensas, que podem ser materiais ou emocionais, para ajudar o indivíduo a repetir uma postura considerada benéfica.

No ambiente de trabalho, o reforço positivo serve para o gestor conduzir sua equipe de maneira sutil, porém eficaz, até o resultado desejado. Também é possível solucionar os problemas rapidamente e ter feedbacks mais assertivos.

No texto abaixo, você irá entender mais sobre essa técnica e quais são as melhores maneiras de aplicá-la na sua organização.

Boa leitura!

Surgimento do termo reforço positivo

O norte-americano Burrhus Frederic Skinner revolucionou o século XX com sua crença na possibilidade de controlar, e até mesmo modificar, o comportamento humano. Seus pensamentos viraram obras que melhor expressam o behaviorismo (de “behavior”, “comportamento” em inglês).

Essa linha de pensamento foca no conjunto de reações dos organismos aos estímulos externos. Seus adeptos entendem o processo de aprendizagem como parte imprescindível de mudança de comportamento.

Um dos principais conceitos dentro do behaviorismo é o condicionamento operante: mecanismo que premia uma determinada resposta de um indivíduo até ele ficar condicionado a associar a necessidade à ação.

Um exemplo da vida real é o cachorro que, depois de responder ao comando do dono, ganha um petisco. A tendência, comprovada em diversos estudos, é que o animal irá repetir a ação toda vez que quiser um biscoito.

Para Skinner, o condicionamento operante nada mais era do que um processo de aprendizagem de novo comportamento; ou modelagem. Seu principal recurso é o reforço, ou seja, a consequência de uma ação quando a mesma é percebida por quem a pratica.

Segundo a linha do behaviorismo, o reforço pode ser positivo ou negativo. São esses dois conceitos, além da punição, o foco do próximo tópico.

Reforço positivo, negativo e punição

Dentro dessa linha de pensamento, o reforço é a consequência de um comportamento que o torna mais ou menos provável. Entendemos então, “reforço” como uma espécie de estímulo em oposição à punição.

Reforço positivo usa uma recompensa (estímulo) que visa aumentar um determinado comportamento. Já o reforço negativo ocorre com o término de um estímulo aversivo (que causa desconforto).

A maioria dos comportamentos pode ser fortalecida das duas maneiras, cabendo à pessoa responsável pelos estímulos decidir qual usar. É visível que o reforço positivo é o mais esperado por aqueles que estão aprendendo, mas nem sempre é o que melhor se adequa à situação.

O reforço negativo resulta principalmente em duas classes de comportamento: fuga e esquiva. As respostas em fuga permitem que a pessoa fuja dos estímulos aversivos depois que eles se apresentam. As de esquiva permitem que a pessoa se previna da ocorrência de estímulos aversivos antes que eles apareçam. O comportamento em forma de fuga costumam se manifestar antes da esquiva.

Por fim, é preciso falar de punição. Ao contrário do imaginário popular, que liga a palavra como algum tipo de castigo, a punição também pode ser negativa ou positiva.

Sua forma positiva acontece quando o estímulo aversivo suprime o comportamento, enquanto a punição negativa ocorre quando o término de um estímulo reforçador suprime o comportamento.

O reforço positivo nas empresas

Como foi explicado nos tópicos anteriores, o reforço positivo acontece como um incentivo ou reconhecimento pelo trabalho realizado.

Essa atitude é especialmente indicada para ambientes corporativos porque estimula os colaboradores a darem o seu melhor.

Ao focar nos aspectos positivos, o gestor ressalta o esforço e dedicação dos funcionários, mantendo um clima de crescimento no local de trabalho.

Mas é preciso ter cuidado na hora de aplicar o reforço positivo e/ou negativo. Bem como em qualquer outra situação, exageros são maléficos: ninguém acerta ou erra o tempo inteiro.

Por mais que o gestor queira focar nos momentos positivos, é preciso ter equilíbrio e corrigir de maneira assertiva comportamentos e atitudes que prejudicam o dia a dia do escritório.

Reforçando os conceitos já ditos até aqui, o reforço positivo é mais preciso que uma recompensa e faz com que a pessoa se esforce para receber tal estímulo.

Para que o reforço seja aplicado, é necessário o preenchimento de três condições básicas:

  • Passo 1: É apresentada uma consequência como dependente de um determinado comportamento;
  • Passo 2: Fica mais provável do comportamento tornar a ocorrer;
  • Passo 3: O comportamento fica mais propenso a ocorrer uma vez que a consequência desejada está ligada diretamente ao comportamento.

Uma vez que esse passo a passo é entendido, podemos ir para a próxima etapa: saber como aplicar o reforço positivo na sua empresa.

Antes de começarmos, é importante lembrar que o reforço positivo deve acontecer de modo sutil, sendo percebido pela pessoa de modo inconsciente.

Essa é a melhor forma de fazer com que a atitude desejada seja repetida frequentemente e de modo natural: a pessoa deve ser treinada quase sem perceber, para evitar frustrações quando a recompensa não vier.

Entenda o caminho para aplicar o reforço positivo

Não exagere nas críticas ou elogios

O reforço não deve ser ambíguo, insincero nem exagerado. O gestor deve ser justo em suas colocações, evitando o excesso de elogios e também o excesso de broncas.

O objetivo é manter o ambiente de trabalho o mais amigável e cordial possível, mas é preciso lembrar que, ali dentro, existe uma relação de poder e hierarquia, e às vezes, é preciso lembrar quem é o chefe.

Outro ponto a ser levado em consideração é que elogios demais podem ser vistos como falsos ou incômodos. Por isso, reconheça as habilidades e competências de equipe nos momentos certos: quando um trabalho entregue passar das expectativas ou quando uma meta for alcançada, por exemplo.

O mesmo vale para o outro lado: não foque demais nos erros, pois o caminho buscado é o da correção, e não da humilhação.

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Seja claro e objetivo

Uma das principais reclamações de colaboradores é a sensação de estarem “perdidos”, não saberem o que seus chefes esperam deles. Por isso, deixe claro quais são os comportamentos esperados e não crie expectativas surreais.

Algumas empresas colocam seus valores nas paredes e isso é uma atitude positiva, pois lembra diariamente o que move a organização.

Aos poucos, e de modo quase imperceptível, a mensagem entra no cérebro do funcionário e o mesmo modifica suas atitudes para atender àquilo que a empresa prega.

Porém,  não basta esperar que isso aconteça de forma passiva. É obrigação dos chefes destacar quais são os critérios de avaliação do funcionário – comprometimento, foco, dedicação e qualidade de entrega costumam ser os mais comuns.

Reforce tais valores nas avaliações (falaremos sobre isso nesse texto) e sempre que um desses aspectos se sobressair de modo positivo ou negativo.

Justifique o reforço positivo

Elogios vazios não são tão eficazes quanto aqueles que vem com justificativa. O mesmo vale para as broncas.

Ao elogiar publicamente determinada pessoa ou equipe, é importante explicar para os demais os motivos que levaram a exaltação. É importante que a razão esteja ligada aos valores e missão da empresa, que são objetivos alcançáveis.

Isso evita a cobrança de expectativas irreais, que não contribuem em nada para o desenvolvimento do funcionário e para o crescimento da empresa.

Reforço positivo pode ser em público, a “bronca” não

O “tapinha nas costas” pode ser feito em público, mediante justificativa para impulsionar a vontade dos outros colaboradores.

No entanto, as críticas devem ser feitas em particular, sempre com o mindset de serem construtivas, em vez de negativas, ou com o propósito de humilhação. E da mesma forma que os elogios, as “broncas” devem vir acompanhadas de justificativas para o funcionário não ter a impressão de ser pessoal.

Crie uma rotina de feedbacks e avaliações. O mais recomendado é uma vez por mês, em uma sala à parte e com um roteiro pré-definido.

Permita que o colaborador faça uma auto reflexão e proponha melhorias para si próprio e para a empresa. O gestor também deve ser incluído: o reforço positivo é uma via de mão dupla e beneficia ambos os lados.

O propósito não é diminuir ninguém, e sim encontrar meios que todos possam crescer e usar os elogios de forma benéfica.

Torne o reforço positivo parte da cultura da empresa

A prática do reforço positivo não deve se restringir apenas ao chefe-funcionário, deve ser parte da cultura da empresa.

Colegas também podem (e devem) fazer elogios entre si, motivando uns aos outros e auxiliando na hora de corrigir as falhas.

É claro que o exemplo deve partir do líder, mas tal atitude tem seus resultados potencializados quando é absorvida por todos os níveis hierárquicos da organização.

Uma boa prática para estimular é fazer laboratórios internos de feedbacks, ensinando boas formas de reforçar positivamente o trabalho dos colegas e como dar críticas construtivas.

Essa iniciativa vai aumentar a identificação dos funcionários com a organização, impactar na produtividade e nos laços que eles possuem com seus colegas.

Reforço positivo vai além dos elogios

Entendemos reforço positivo como elogios, e de fato eles são, mas é importante não se limitar a essa forma.

O chefe deve sentar com a área de Recursos Humanos da empresa e estabelecer programas de incentivo e recompensas para os funcionários que atingirem determinadas metas ou forem muito bem avaliados por seus superiores.

Sem dúvidas, a melhor forma de reconhecimento é a promoção ou o aumento salarial, que deve ser discutido em determinados casos.

O primeiro passo é a empresa ter um plano de carreira para seus funcionários, que vão saber o que é esperado deles.

Outras formas de reforço positivo demandam menos recursos financeiros, como vouchers de livrarias ou restaurantes, ou podem ter um significado mais simbólico, como folgas ou troféus dados em premiações internas.

Alguns pontos de atenção

Os seguidores do behaviorismo de fato usam mais elogios do que a média, pois acreditam que o reforço positivo ajuda a transformar os ambientes em locais mais agradáveis, além de ser um método de mudança de comportamento sutil e que não enfrenta tanta resistência.

No entanto, é crucial entender que a sinceridade é pré-requisito nessas situações: evite elogiar de maneira forçada. O reforço positivo deve ser usado apenas quando o elogio é merecido para não correr o risco da pessoa acreditar ser vítima de ironia ou piada de mau gosto.

Outro ponto de atenção é a necessidade de reconhecer as vantagens do reforço positivo. Apesar de ter sido inventado por B.F. Skinner, o método atraiu os holofotes graças a uma treinadora de animais, Karen Pryor, que escreveu o best-seller “Não atire no cachorro! A nova arte de ensino e treinamento”.

Como foi mostrado no livro, quando os donos tentam ensinar o cão a sentar, o reforço positivo é uma ferramenta poderosa e agradável. Usar o reforço positivo é mais divertido e, na maioria dos casos, também é mais eficaz do que usar um sistema baseado em punições.

Isso não significa que a punição não seja necessária. Em determinados casos ela é e inclusive mais recomendada que o reforço positivo.

É o exemplo de uma criança que corre com tesoura na mão ou que se aproxima demais de uma panela com água quente. Tais comportamentos devem ser interrompidos na mesma hora para evitar graves acidentes, tornando a punição mais eficaz.

Com essas dicas, esperamos que tenha ficado claro a importância do reforço positivo e quais são as melhores formas de colocá-lo em prática nas empresas.

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